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Jornal de Brasília: Você sabe se dorme bem?

O médico explica que quando dormimos, entramos em um estado que permite a limpeza do lixo metabólico

Atualmente, a pergunta que vale milhões: você sabe se dorme bem? Aparentemente seria uma resposta simples, assim como se alimentar de forma saudável ou praticar exercícios físicos regularmente. Entretanto, as pessoas não têm uma resposta consistente para essa pergunta.

No Brasil, cerca de 66% da população dorme mal, como mostram os dados da pesquisa publicada na revista Sleep Epidemiology. Em todo o mundo, a preocupação é latente. Na Carolina do Norte (EUA), por exemplo, a Academia Americana de Medicina do Sono lançou a campanha ‘Sleep is Good Medicine’, com o intuito de ajudar os americanos a tirarem mais proveito do sono, já que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), atualmente, existem cerca de 80 distúrbios e síndromes desencadeados pela falta de qualidade do sono.

Segundo o médico endocrinologista e metabologista, Bruno Babetto, essa precariedade no sono das pessoas, tem preocupado os profissionais da saúde que cuidam dessa área, já que dormir corretamente é de extrema importância para a memória, concentração, desempenho intelectual e até o humor.

“O sono é fundamental para nossa saúde. O ser humano precisa ter uma noite de sono adequada, que seja suficiente para que no outro dia ele tenha tanto um bem-estar físico, quanto mental. Normalmente o sono consecutivo deveria ser de 7 a 8 horas”, conta Bruno.

O médico explica que quando dormimos, entramos em um estado que permite a limpeza do lixo metabólico produzido pelo cérebro durante a vigília, por meio do sistema de limpeza nervoso central. Além disso, o sono permite a limpeza de neurotoxinas como beta-amilóide, que quando acumulada predispõe a doença de Alzheimer e outras doenças. Entre os distúrbios pertinentes à má qualidade do sono, está a insônia, sonolência diurna excessiva, sonambulismo e apneia do sono.

Mas afinal, como saber se temos uma boa noite de sono ou não? Para identificar o problema, o médico endocrinologista lista alguns elementos simples que podem ajudar.

Além da autoavaliação, hoje, as pessoas podem recorrer a várias ferramentas para checar se efetivamente estão dormindo bem. Entre elas, está a consulta com o especialista, ou mesmo exames de qualidade ouro, como a polissonografia. Nesse exame, por exemplo, é realizada uma avaliação minuciosa e objetiva de diversos parâmetros do sono, como respiração, oxigenação sanguínea, movimentação noturna, ronco e frequência cardíaca. Essa técnica é realizada na casa do paciente durante uma noite inteira de sono. A vantagem desse exame é avaliar o sono nas condições mais próximas e possíveis da realidade.

*Dr Bruno Babetto, médico especializado em Endocrinologia e Metabologia pela Faculdade IPEMED de Ciências Médicas (2018), graduado em Medicina pela Universidade de Uberaba (2012). Tem experiência nas áreas de emagrecimento, tratamento de obesidade, performance, reposição hormonal, síndrome metabólica, hipertrofia, tratamento de diabetes, doenças da tireoide e distúrbios hormonais. Atualmente é Diretor Médico Responsável Técnico da Clínica Tivolly, responsável pelos procedimentos médicos e pelos treinamentos da equipe médica.

Fonte: Jornal de Brasília

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