Endocrinologista alerta que deficiência do hormônio é comum em pessoas com idade avançada e aponta formas de repor e evitar tais doenças
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Mas não é sempre que o hormônio é produzido na quantidade necessária para exercer tais finalidades. A partir dos 35 anos de idade, a produção da testosterona cai cerca de 2% ao ano. Em idosos, ela pode chegar a níveis preocupantes, explica a médica endocrinologista Mileny Chamizo, da clínica Tivolly, em Brasília.
“Se o valor de referência para um corpo saudável é de 300 a 700 ng/dL, em idosos a gente encontra exames inferiores a 150 ng/dL, o que pode levar à ocorrência, principalmente, de doenças cardiovasculares”, ensina Mileny.
Entre os principais riscos, estão:
- Aumento de infartos e acidentes vasculares cerebrais;
- Crescimento de casos de morte súbita;
- Desenvolvimento de quadros de osteoporose;
- Evolução de sintomas de depressão.
A baixa produção de testosterona (ou hipogonadismo) também pode levar a comorbidades como obesidade, dislipidemias, diabetes e hipertensão arterial. Em idosos que já têm problemas como osteoporose, depressão e estão acamados, as probabilidades são ainda maiores.
Saiba quando e como procurar ajuda
Sintomas como falta de ereção matinal, baixa memória, queda na libido ou tristeza repentina podem indicar baixa do hormônio no corpo do idoso. Ao percebê-los, ele deve procurar um endocrinologista, urologista ou outro médico de confiança para realizar a reposição. “O hormônio usado nessa suplementação deve ser o bioidêntico, que é igual ao encontrado no organismo da pessoa. Por isso, é importante ter ajuda médica especializada”, explica a endocrinologista.
Existem várias formas de aplicação da testosterona: em gel para passar na pele, injeção intramuscular ou implante subcutâneo. A quantidade necessária de suplementação será indicada pelos exames de saliva ou sangue.
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Mulheres idosas devem ter mesma atenção. Apesar de ser um hormônio sexual predominantemente masculino, a testosterona também é produzida no corpo feminino e cai consideravelmente com a idade, principalmente após o climatério e a menopausa. Por isso, elas também podem apresentar problemas relacionados à libido, aumento de gordura e perda óssea.
Fonte: Metrópoles