Estudo com recuperados do câncer mostra que tanto fumantes quanto ex-fumantes têm a qualidade de vida pior do que os que não fumam
Um estudo feito por cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostra que o tabagismo piora a qualidade de vida dos pacientes sobreviventes de câncer, especialmente para quem permanece fumando após o tratamento.
A descoberta, feita em parceria com cientistas da Oncoclínicas&Co e do Dana-Farber Cancer Institute, foi publicada na revista científica Frontiers in Oncology, em 4 de janeiro.
Os pesquisadores analisaram informações de saúde de 39.578 residentes dos Estados Unidos cadastradas no banco de dados Behavioral Risk Factor Surveillance para fazer o estudo.
Foram incluídas na pesquisa os pacientes de câncer de cérebro, bexiga, ossos, mama, cólon, colo do útero, endométrio, esôfago, gástrico, linfoma de Hodgkin, leucemia, fígado, pulmão, melanoma, linfoma não-Hodgkin, câncer oral, ovariano, faríngeo, pancreático, próstata, retal, câncer renal, testicular, tireoidiano e outros cânceres de pele.
Eles descobriram que que fumantes atuais têm uma qualidade de vida significativamente menor em comparação com indivíduos não fumantes. Ex-fumantes também mostraram uma qualidade de vida inferior, embora menos acentuada.
A psico-oncologista Cristiane Bergerot, uma das autoras do estudo, acredita que o resultado é importante para influenciar as políticas públicas de combate ao tabagismo. Ele também ajuda a melhorar a abordagem de tratamento oncológico de fumantes e ex-fumantes.
“Tem importância tanto para o público em geral quanto para a prática clínica. Observamos a evolução na área da oncologia, em que os tratamentos estão cada vez mais voltados para uma abordagem individualizada, e esse fator também desempenha um papel crucial nesse contexto”, afirma Cristiane, que é Líder Nacional de Especialidade Equipe Multidisciplinar da Oncoclínicas&Co.
Fonte: Metrópoles