As altas temperaturas e o clima seco, intensificados pela fumaça das queimadas, não apenas afetam a saúde respiratória, mas também representam um risco significativo para a saúde bucal. Segundo a dentista e coordenadora do curso de Odontologia da Faculdade Aria, Marria Leticia Bucchianeri, nesses períodos de seca extrema, é crucial adotar medidas de prevenção para evitar problemas decorrentes do ressecamento das mucosas e do aumento de bactérias na boca.
“O clima seco favorece o ressecamento das mucosas bucais, o que pode levar ao acúmulo de placa bacteriana sobre os dentes”, alerta Maria Leticia. “Beber água com maior frequência é fundamental para manter essas mucosas hidratadas e reduzir esse risco”, explica.
Além disso, a baixa umidade aumenta a incidência de infecções respiratórias, como resfriados, gripes e sinusites. “Durante esses quadros, é comum que as pessoas respirem mais pela boca devido à congestão nasal, o que intensifica o ressecamento da boca e, consequentemente, a proliferação de bactérias”, acrescenta Maria Leticia. Para ela, o uso de umidificadores de ar e a adoção de medidas como lavar as mãos com frequência e o uso de máscaras durante sintomas gripais são essenciais para prevenir complicações bucais e respiratórias.
O ressecamento labial também é outro ponto que merece atenção. “Lábios rachados podem ser uma porta de entrada para infecções, por isso, o uso de protetores labiais deve ser frequente, especialmente durante esses períodos de seca intensa”, enfatiza a dentista
Para minimizar os efeitos desse cenário na saúde bucal, Maria Leticia recomenda ainda evitar o consumo excessivo de bebidas com potencial de manchar os dentes, como cafés e vinhos tintos. “Com as mucosas mais secas, os dentes ficam mais vulneráveis a manchas e acúmulo de resíduos”, finaliza a coordenadora do curso de Odontologia da Faculdade Aria.
Fonte: Alô Brasília
