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Em manifestação, policiais civis do DF pedem vacina contra a Covid-19

Com faixas e carro de som, agentes e delegados pediram que corporação seja incluída em grupo priorotário da imunização na capital

Policiais civis do DF protestaram na tarde desta segunda-feira (22/3) pelo direito de serem incluídos no grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19. Cerca de 50 agentes e delegados se encontram em frente ao Complexo da Polícia Civil, no Setor Policial Sul.

O ato, nomeado de “Lockdown da Segurança Pública”, foi coordenado pelo Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol).

“Nós somos hoje 4.100 policiais na ativa e já tivemos mais de 650 notificações de contaminação. Isso representa um índice de infecção de praticamente 16%, sendo que a média da população é 5% e até dos profissionais de saúde é de 10%. Não há razão para que os policiais não sejam vacinados com prioridade”, sustentou Alex Galvão, presidente do Sinpol.

Os profissionais da segurança montaram um tenda em frente ao local e expuseram faixas pedindo a imunização (foto em destaque). Segundo eles, o índice de contaminação entre as forças de segurança é maior que no restante da sociedade.

“Temos acompanhado a contaminação de nossos servidores e observamos que a contaminação chega a ser quatro vezes maior”, argumentou o presidente da Associação dos Delegados de Polícia Judiciária (ADPJ), Rafael Sampaio.

“Temos colegas morrendo, ficando com sequelas, mas não vemos a preocupaçao do Estado com isso”, protestou Sampaio. Segundo o representante, durante a pandemia, integrantes da PCDF têm se arriscado ainda mais que o habitual, com operações de vigilância que não estão nas atribuições da corporação.

“Temos feito operações de vigilancia para fechar bar, fazer com que as pessoas cumpram o toque de recolher e até agora não recebemos respaldo”, conclui.

Grupo prioritário

Atualmente, fazem parte do grupo prioritário que recebe a vacina contra a Covid-19 pessoas com 69 anos ou mais, trabalhadores de saúde, seja do sistema público ou privado, pacientes acamados, pessoas com deficiência em instituições, idosos em instituições de permanência, pacientes da Nrad AD2 e AD3, resgatistas do Corpo de Bombeiros e povos indígenas que vivem em aldeias.

Em entrevista coletiva na tarde desta segunda, o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, disse que vai incluir agentes funerários, servidores da área social, do Instituto Médico Legal (IML), além de integrantes das forças de segurança, incluindo auditores da DF Legal, nos próximos grupos prioritários.

“Nos preocupa muito que pessoas que estão trabalhando direto com pacientes com Covid tenham risco de contaminação. Estamos conversando com as categorias para tentar atender essa situação, para que tenham a proteção devida após a imunização”, disse Okumoto, durante coletiva de imprensa.

O secretário não soube, contudo, detalhar quando essas novas categorias devem receber as doses do imunizante. Segundo ele, há uma previsão de mais uma remessa de vacinas ainda nesta semana, sem mencionar a quantidade exata.

 

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