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A Redação: Setembro Verde e a importância do diagnóstico precoce

O aumento do número de casos de câncer de intestino tem sido uma preocupação crescente. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, para o ano de 2024 são esperados mais de 45.000 casos da neoplasia. O tumor é o terceiro mais frequente entre os homens, depois dos cânceres de próstata e pulmão, e o segundo mais incidente nas mulheres, perdendo apenas para o de mama. Neste ano, mais de mil goianos devem ser acometidos pela enfermidade.
Neste Setembro Verde, a campanha destaca não apenas a importância do diagnóstico precoce, mas também da adoção de hábitos de vida saudáveis, fundamentais na prevenção. A população pode desempenhar um papel crucial na luta contra essa doença. Dentre os fatores de risco associados ao tumor, podemos destacar a falta de uma dieta equilibrada, a ausência de fibras, alimentos com alto teor de gordura, principalmente carnes vermelhas e embutidos. Não podemos esquecer também do tabagismo, da obesidade que é caracterizada por um índice de massa corpórea acima de 30 e do histórico familiar.
Sinais da doença
Os tumores não apresentam sintomas na fase inicial, por isso destaca-se a importância dos exames de rastreio, mesmo em pacientes assintomáticos. Os sinais mais comuns dessa neoplasia são sangue nas fezes, dor abdominal, cólica, alteração do hábito intestinal, episódios de diarreia, anemia e perda de peso. A escolha do método para a identificação da doença depende de fatores, como idade, histórico familiar e presença de sintomas, mas os mais utilizados são a colonoscopia e a pesquisa de sangue oculto nas fezes. Todo paciente com mais de 45 anos independente dos sintomas deve fazer uma colonoscopia de rastreamento e prevenção do câncer de intestino. A pesquisa de sangue oculto, por exemplo, é muito simples e a detecção dos tumores de intestino pode chegar a mais de 90%.
No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda iniciar o rastreio da população adulta de risco habitual na faixa etária de 50 anos, porém, as sociedades de oncologia, tanto a brasileira (SBOC) como a americana (ASCO) aconselham que esse acompanhamento se inicie a partir dos 45 anos devido ao aumento da incidência desse tumor em pessoas jovens. O preconizado para quem tem histórico familiar é que o exame preventivo seja feito 10 anos antes da idade do diagnóstico do parente acometido pela doença. Quando descoberto em fase inicial, a neoplasia tem taxa de cura acima de 90%.
Pesquisa apresentada na DigestiveDisease Week 2024 – maior encontro internacional de médicos e pesquisadores nas áreas de gastroenterologia – que aconteceu em maio nos Estados Unidos trouxe à tona dados preocupantes sobre esse crescimento. O estudo revelou que a taxa da doença em adolescentes entre 15 e 19 anos aumentou em 333% entre 1999 e 2020, ou seja, o número de casos triplicou em 20 anos em todo o mundo.
Avanços no tratamento 
O ano de 2024 está trazendo significativas novidades no campo do tratamento do câncer de intestino, oferecendo mais esperança e opções para os pacientes. As pesquisas e o desenvolvimento de novas terapias têm se intensificado, resultando em avanços promissores que visam aumentar a eficácia dos protocolos e melhorar a qualidade de vida daqueles que são portadores da doença. Entre eles destacam:
– Terapia-alvo que envolve medicamentos que se ligam a proteínas específicas das células cancerígenas, inibindo seu crescimento e proliferação.
– A imunoterapia utiliza medicamentos que ajudam o sistema imunológico do próprio paciente a reconhecer e atacar as células cancerígenas.
-Técnicas como a laparoscopia e a robótica permitem realizar cirurgias com menor trauma, resultando em menos tempo de internação e recuperação mais rápida, além de redução do risco de complicações pós-operatórias.
– Novas tecnologias, como a biópsia líquida, possibilitam detectar o câncer em situações em que ele ainda não se manifesta nos exames de imagem.
– A análise do DNA do tumor facilita a identificação de mutações específicas e direcionar o tratamento de acordo com as características individuais de cada paciente.
Fonte: A Redação
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