A União dos Profissionais de Inteligência de Estado (Intelegis) da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) se manifestou sobre o inquérito da Polícia Federal (PF) que apura suposta espionagem ilegal no órgão durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conhecida como “Abin Paralela”.
“Tais vazamentos, além de afrontarem a legislação vigente sobre o tratamento de dados sensíveis, têm causado prejuízos concretos às relações internacionais do Brasil e comprometido questões de Estado que, por sua natureza, possuem grau de sigilo próprio”, diz a Intelegis.
“A Intelis condena com veemência a disseminação de narrativa antirrepublicana que contesta as competências e prerrogativas da Abin. A Inteligência policial não se confunde, em nenhuma medida, com a Inteligência de Estado. Ambas, imprescindíveis para o Estado Democrático de Direito, devem colaborar para a concretização dos interesses nacionais e certamente cumprirão de forma mais efetiva o seu múnus institucional em um ambiente de mútuo respeito e cooperação”, continua o comunicado.
Os depoimentos do diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, e o ex-número 2 da agência, Alessandro Moretti, na Polícia Federal (PF) acontecem, na tarde desta quinta-feira (17). Moretti, que não ocupava a função na gestão Bolsonaro, foi exonerado do cargo e substituído por Marco Cepik em janeiro do ano passado. A PF apura se integrantes da cúpula da Abin indicados no governo Lula dificultaram o acesso a dados para interferir ou prejudicar as investigações sobre o esquema de espionagem ilegal.
Fonte: B News