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Ipê Brasília: Risco de câncer de bexiga dispara entre fumantes

O tratamento desse tumor tem evoluído bastante, através da incorporação bem-sucedida de novas modalidades de tratamento, aponta oncologista.

Julho é o mês da conscientização sobre o câncer de bexiga, o segundo mais comum do trato urinário e o décimo segundo mais frequente na população brasileira, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Ainda de acordo com o instituto, são esperados 11.370 novos casos da neoplasia no país em 2024. Os homens são mais afetados que as mulheres, sendo o sexto tumor mais comum no sexo masculino, com 7.870 novos casos esperados para o ano de 2024 e 3.500 para o feminino no mesmo período.

A ciência tem evoluído e sinaliza um presente e futuro com boas perspectivas. Isso porque cada vez mais os médicos lançam mão de alternativas de terapias mais personalizadas e individualizadas, que trazem benefícios efetivos à qualidade de vida do paciente. No entanto, o oncologista da Oncoclínicas Brasília, Daniel Vargas, alerta que a prevenção é o melhor caminho e que o tabagismo é o principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer de bexiga, aumentando a probabilidade em até 4 vezes para fumantes em comparação com quem nunca fumou.

De acordo com o médico, essa relação se deve à presença de mais de 7.000 substâncias químicas tóxicas presentes na fumaça do cigarro, das quais cerca de 70 são comprovadamente cancerígenas.

“As políticas públicas de estímulo ao abandono do tabagismo, como a proibição de fumar em ambientes fechados, surtiram muito efeito na redução do número de fumantes em nosso país nas últimas décadas. Porém, agora temos encarado um novo inimigo para a saúde de todos, representado pelo uso dos cigarros eletrônicos, principalmente pelo seu uso crescente em adultos jovens e adolescentes. Temos que destacar que já existem diversos estudos demonstrando que os dispositivos eletrônicos de fumo também são associados à inalação de inúmeras substâncias tóxicas, inclusive algumas cancerígenas, como o formol. Elas aumentam o risco de diferentes tumores, incluindo câncer de boca, de garganta, de esôfago, de pulmão e também de bexiga”, afirma Daniel Vargas.

Fatores de risco adicionais:

  • Homens são mais propensos a desenvolver câncer de bexiga do que mulheres.
  • O risco aumenta com a idade.
  • Certos produtos químicos no local de trabalho, como betanaftilamina e 2-naftilamina, também aumentam o risco de câncer de bexiga.
  • Pessoas com histórico familiar de câncer de bexiga podem ter um risco aumentado.

Sintomas

Em seu estágio inicial, o câncer de bexiga pode ser assintomático. Os sinais e sintomas desse tumor são variáveis dependendo do estágio da neoplasia e podem, por vezes, ser confundidos com outras doenças do sistema urinário, como sangramento na urina, aumento da vontade para urinar, dor na região inferior da barriga, entre outros.

“É importante que o diagnóstico seja feito assim que sejam identificados os primeiros sintomas, pois dessa forma é possível iniciar o tratamento mais adequado, evitar complicações e aumentar as chances de cura”, alerta o especialista.

Detecção

Para a investigação inicial do câncer de bexiga, são necessários exames de urina, tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética. Porém o diagnóstico só é estabelecido, de fato, com a realização de cistoscopia e da ressecção transuretral da lesão, um procedimento realizado pelo médico urologista que resultará na biópsia confirmatória da lesão.

Tratamento

A extensão do tumor é o que determina o tipo de tratamento. Nos casos mais precoces, o tratamento geralmente envolve a ressecção cirúrgica (“raspagem”) da bexiga, podendo ser associada, ou não, a administração de medicamentos no interior do órgão. Em casos mais avançados, pode ser necessária cirurgia de remoção parcial ou total da bexiga. A  quimioterapia ou imunoterapia também podem ser feitas  no tratamento.

 “Nestes casos, é realizada a confecção de um novo modo de eliminação da urina, seja através da realização de uma derivação chamada de uroteroileostimia (ou cirurgia de Bricker) ou pela confecção de uma nova bexiga utilizando parte do intestino”, explica o médico.

O especialista ressalta ainda que atualmente o tratamento do câncer de bexiga tem evoluído bastante, através da incorporação bem-sucedida de novas modalidades de tratamento, como a imunoterapia, terapia-alvo e os anticorpos conjugados a drogas no manejo do tumor em diferentes cenários.

“Estas drogas, por possuírem um mecanismo de ação mais moderno, muitas vezes apresentam perfis de eficácia e segurança mais favoráveis do que a utilização de quimioterapia”, finaliza o oncologista da Oncoclínicas, em Brasília, Daniel Vargas.

Prevenção e hábitos saudáveis

  • Não fumar.
  • Beber muita água.
  • Ter uma dieta balanceada, rica em fibras e frutas.
  • Moderar a ingestão de bebidas alcoólicas.
  • Praticar atividades físicas regulares.
Fonte: Ipê Brasília
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