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Jornal de Brasília: Dezembro Laranja: no mês de prevenção ao câncer de pele saiba a importância do autoexame

E apesar de uma grande parcela da população acreditar que sabe lidar com o sol, campanhas de conscientização como o Dezembro Laranja são fundamentais

A proximidade do verão, estação que marca a alta nas temperaturas em todo o país, acende um importante alerta: a exposição prolongada ao sol sem proteção adequada pode levar a consequências graves à saúde. Além de causar o envelhecimento precoce, o contato direto com raios nocivos aumentam em até 10x o risco de câncer de pele, o mais incidente entre os brasileiros. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), entre 2023 e 2025, devem surgir a cada ano mais de 220 mil casos de câncer de pele não melanoma, enquanto para o melanoma são esperados quase nove mil casos por ano. Brasília deve registrar mais de 1.200 casos da doença este ano.

E apesar de uma grande parcela da população acreditar que sabe lidar com o sol, campanhas de conscientização como o Dezembro Laranja são fundamentais. “ É muito importante que as informações corretas cheguem às pessoas para reduzirmos os índices deste tipo de câncer, evitável na maioria das situações. Usar protetor solar corretamente, por exemplo, é primordial. Para atingir uma camada de espessura mínima do protetor na face é necessário uma quantidade equivalente a uma colher de sopa do produto. Oriento meus pacientes a aplicarem a primeira camada com uma quantidade que se sintam cosmeticamente bem e depois reaplicar em 15 minutos. Devemos fazer isso a cada três horas de exposição solar. Também devemos abusar dos protetores físicos: chapéu, boné, óculos escuros, roupas de proteção UV”, afirma a dermatologista oncológica, Fernanda Seabra.

Ainda de acordo com a médica, é preciso superar a desinformação. “Infelizmente ainda existem muitos mitos em relação ao câncer de pele. É fato que pessoas de fototipo baixo, ou seja, pele clara, olhos e cabelos claros possuem maior fator de risco para a doença, mas pacientes de pele negra também podem apresentar o tumor. Moramos em um país tropical e devemos aplicar o protetor solar sempre que sairmos de casa. Evitar o sol das 9h às 16h, período em que temos maior incidência dos raios UV-B, maior envolvido na ocorrência do câncer de pele também é fundamental”, ressalta a especialista.

A importância do auto-exame

Mesmo com os avanços da ciência que garantem qualidade de vida aos pacientes com câncer de pele, a dermatologista afirma que a melhor forma de combater o tumor é o autoexame para a identificação de possíveis sinais de alerta. “72% dos cânceres de pele são diagnosticados pelo próprio cônjuge ou familiar. Dessa forma, faz se imprescindível o autoexame! É importante orientarmos o paciente sobre o câncer de pele e como este pode identificar uma lesão como suspeita. A regra do ABCDE é muito simples e pode salvar vidas! A partir dessa regra o paciente consegue identificar as suspeitas e assim procurar de forma rápida o tratamento”, explica a médica.

Conheça a regra do ABCDE

A – Assimetria
Um lado da pinta não é igual ao outro.

B – Bordas irregulares
A pinta possui contorno irregular

C – Cor: múltiplas cores
Pinta com mais de duas cores

D – Diâmetro
Pinta com mais de 6 mm de diâmetro

E – Evolução
Aqui é você paciente que vai relatar para o seu dermatologista se essa lesão está mudando, se está crescendo ou coçando, se está mudando de cor ou se está sangrando.

Nem todo câncer de pele é igual

Fernanda explica que existem dois tipos de câncer de pele: o melanoma e o não melanoma (o mais comum deles). Entre os sintomas do câncer de pele não-melanoma estão a presença de lesões cutâneas com crescimento rápido, feridas que não cicatrizam e que podem estar associadas a sangramento, coceira e algumas vezes dor. Esses sinais geralmente surgem em partes do corpo que costumam ficar mais expostas ao Sol, tais como rosto, pescoço e braços.

Já o câncer de pele do tipo melanoma costuma se manifestar através de pintas escuras que apresentam modificações ao longo do tempo. Esse tipo de tumor pode aparecer na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais.
Pessoas com histórico familiar de melanoma e/ou que tenham um volume maior que 50 pintas pelo corpo também devem ficar atentas aos riscos de desenvolver a doença.

“Quando o melanoma ou os carcinomas são diagnosticados em fase inicial o tratamento cirúrgico é o mais adequado! Em fase avançada, com a presença de metástase, os tumores devem ser tratados com terapias adjuvantes. Hoje a medicina muito avançou nas terapias alvo e imunoterapias. Graças a essas novas drogas podemos aumentar a sobrevida livre de doença dos nossos pacientes”, finaliza a médica.

Fonte: Jornal de Brasília

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