Várias cidades do Brasil têm percebido um aumento na fumaça de incêndios causados pela estiagem prolongada. Entenda riscos para a saúde
O Distrito Federal acordou neste domingo (25/8) coberto por uma névoa causada por fumaça de incêndio. A seca prolongada causa focos de fogo em vários locais do país e a fumaça se acumulou.
Respirar fumaça de incêndio pode fazer mal à saúde — ela contém várias partículas que são irritantes para as vias respiratórias, como aerossóis, dióxido de carbono e de nitrogênio.
À medida que a fumaça vai se espalhando, a concentração de outras substâncias, como ozônio e outros gases tóxicos, também tende a aumentar, tornando o ar ainda mais perigoso.
Fumaça de incêndio é perigosa
De acordo com o Manual MSD, a inalação de pequenas quantidades de fumaça geralmente não causa efeitos sérios, mas se ela estiver muito densa ou se o contato for prolongado, o paciente pode ter vários problemas, incluindo danos à traqueia, passagens respiratórias e/ou pulmões; queimação na boca e garganta; dificuldade para respirar e até envenenamento.
Se tiver contato em excesso com a fumaça, o indivíduo pode ter doenças neurológicas, respiratórias e cardovasculares. Os principais grupos de risco são crianças e idosos. “Esse tipo de poluição é altamente tóxica e pode levar a vários problemas respiratórios. Nos casos mais graves, pode causar a morte”, destacou o cirurgião torácico Humberto Oliveira, Hospital Santa Lúcia, de Brasília, em entrevista anterior ao Metrópoles.
Alguns dos sintomas de inalação de fumaça são tosse, falta de ar, inflamação e diminuição da função pulmonar e aumento de quadros respiratórios.
O pneumologista Eduardo Cartaxo, da Oncoclínicas Brasília, explica que é recomendado ficar em casa, fechar as portas e janelas e ligar o umidificador, desde que esteja bem higienizado.
“É recomendado sair de casa só em caso de necessidade, evitar atividade física nesse momento, lavar bem as narinas com soro fisiológico e ingerir bastante líquido, bastante água”, ensina.
Fonte: Metrópoles
